“Um Plano Nacional de Investimento é um instrumento relevante, importante, que modela as opções políticas para muito tempo. Merece um amplo debate. Deve fomentar a participação de todos na sua definição e obriga a consensos. Implica muito rigor nas suas opções, a todos os níveis, de forma a que possa ser realmente concretizado. Para isto o PSD está disponível. Como sempre. Aliás, foi isto que fizemos na aprovação do Plano que vigora até 2020 e que mereceu, na altura, um amplo consenso parlamentar.” Estas foram as palavras iniciais de Emídio Guerreiro, no debate do Programa Nacional de Investimentos 2030. De seguida, o Vice-Presidente da bancada do PSD referiu que ao partirmos para a definição de um novo plano, é importante percebermos o que falhou. “Sim, muita coisa falhou para que a um ano do prazo do final do plano em vigor apenas 20 % esteja executado. Na Ferrovia 2020, reprogramada por este governo, em 2016 apenas 9% está em execução. Por mais que a atual maioria não goste, a verdade é que o abandono a que este governo votou o investimento público nesta legislatura é o principal responsável por esta execução diminuta. Foi uma opção política a de levar o investimento público aos mais baixos níveis das últimas décadas em 2016 e 2017.” Tendo em conta este histórico, o social-democrata enfatizou que o PNI 2030 não pode ser um documento para esconder esta incapacidade de realizar. “É necessário que as opções sejam bem fundamentadas tecnicamente e que possuam rostos que sejam responsabilizados tecnicamente e financeiramente pelos projetos. E é ainda necessário saber e perceber o porquê da exclusão dos projetos que foram propostos e que estão ausentes deste plano. É fundamental um cronograma da execução física e financeira, ano a ano, que está ausente deste documento e que como tal mais não é que um ponto de partida para um processo que, na nossa opinião, está longe de concluído.” A terminar, Emídio Guerreiro recordou que o PS quis precipitar e forçar este debate. “É a ele que cabe decidir se pretende prosseguir nesta pressa desenfreada ou ter a capacidade de fazer o que o governo não quis nem soube fazer: envolver o país numa decisão que condiciona as opções de investimento até 2030. Sem propaganda e sem propósitos eleitoralistas, mas apenas e só em nome do futuro de Portugal.”
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